Celso Russomanno é eleito presidente da Representação Brasileira no Parlasul
O deputado Celso Russomanno (PRB-SP) foi eleito nesta terça-feira (6) o novo presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul).
Ele anunciou que pretende ampliar a divulgação dos trabalhos dos deputados e senadores brasileiros que integram o órgão legislativo regional e colaborar para maior aproximação do Brasil com os demais países do bloco – Argentina, Paraguai e Uruguai (além da Venezuela, que está suspensa do Mercosul mas integra o Parlamento).
“O Mercosul só será forte perante o mundo quando estiver muito mais unido do que hoje, disse Russomano, que obteve 18 votos na eleição contra 17 do deputado Rocha (PSDB-AC).
Russomanno citou o Código de Defesa do Consumidor como exemplo de integração legislativa com os demais países do Mercosul. Atualmente, observou, os mesmos padrões de respeito ao consumidor são obedecidos em todo o bloco, tornando-o mais competitivo no mercado internacional.
Na opinião do deputado, o Mercosul deve buscar seguir o exemplo da União Europeia, onde, apesar da recente saída do Reino Unido, os países membros buscam estar cada vez mais próximos.
O parlamentar presidirá a Representação Brasileira até o final de 2018. No início de 2019, após as eleições para a renovação da Câmara dos Deputados e do Senado, serão indicados por seus partidos os novos integrantes do colegiado, composto por 27 deputados e 10 senadores.
Eleições
Segundo o Protocolo Constitutivo do Parlasul, os integrantes do órgão legislativo devem ser escolhidos diretamente pelas populações de seus respectivos países. Até o momento, porém, somente o Paraguai e a Argentina já elegeram seus parlamentares.
O Uruguai e o Brasil ainda são representados por integrantes de seus parlamentos nacionais, que acumulam as duas funções. O Parlasul reúne-se uma vez por mês em Montevidéu, no Uruguai.
O atual presidente do Parlasul, com mandato de um ano, é o deputado brasileiro Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Para ele, uma das dificuldades de colocar em prática o princípio da eleição direta para o Parlamento, no caso brasileiro, seria a de obter a aprovação da opinião pública para a escolha de 75 deputados, número determinado segundo o critério de proporcionalidade acertado com os demais países do bloco.
“O Brasil vai aceitar pagar por 75 parlamentares em Montevidéu, além de pagar pela Câmara e pelo Senado no País?”, questionou.
Chinaglia informou que pretende promover neste ano, junto às demais representações, um debate sobre possíveis mudanças no Regimento Interno do Parlasul, para tornar seus trabalhos mais ágeis.
Segundo o deputado, as reuniões da Mesa Diretora passarão a ser realizadas aos domingos, um dia antes das sessões ordinárias do Parlamento regional.
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