Brasil se torna o primeiro país da América do Sul associado ao CERN! Entenda a importância desse ingresso!
O ingresso como país membro da CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), pelo qual fui autor da matéria, será um avanço para o Brasil. Localizado na fronteira da França e Suíça, a CERN é o maior laboratório de física de partículas do mundo, que emprega 2400 funcionários em tempo integral e 11 mil cientistas de 580 universidades e centros de pesquisa, as quais são representadas por 80 nacionalidades. Além do célebre acelerador de partículas nucleares, a sede conta com instalações de processamento de dados e um grande centro de informática.
A Organização foi criada em 1954 e é composta de 23 estados-membros. O Brasil é o primeiro país do continente americano associado à CERN. Com o ingresso, a indústria brasileira terá acesso as diversas tecnologias 4.0, poderá capacitar profissionais, ter acesso a pesquisas de ponta, formação de parcerias com outros países-membros e potencializar a imagem de nação capaz de cooperar e produzir tecnologias.
Como membro da CERN, a Brasil terá direito à:
- Participação em treinamentos da CERN;
- Participação nas Sessões do Conselho e seus Comitês;
- Representação no Comitê Financeiro e no Comitê de Política Científica (como observador);
- Nomeação de funcionários com contrato de duração limitada, bolsistas e membros associados de equipes e estudantes;
- Reconhecimento às empresas brasileiras de bens e serviços para participar de licitações – desde que os valores não sejam superiores a contribuição financeira anual;
No quesito obrigações assumidas pelo Brasil estão:
- Pagamento de contribuição mínima de 10% (que foi definida em 1 milhão a partir de 2019);
- Concessão de imunidades e privilégios necessários ao funcionamento da CERN, tal qual igualdade em relação aos outros Estados Membros;
- Submeter-se a análise do Conselho da CERN, realizada a cada 5 (cinco) anos, para atendimento dos critérios e obrigações Brasil como Estado Membro.
A adesão ao CERN possibilitará ao Brasil aderir e criar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, intercâmbio de cientistas, pesquisadores e estudantes e acesso a pesquisas de ponta – o que diversas instituições brasileiras aguardam há muito tempo.
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