A convite de Russomanno, relator da Reforma Política se reúne com deputados do bloco para esclarecer pontos polêmicos
O relator da Comissão Especial da Reforma Política, deputado Marcelo Castro (PMDB/PI), esteve hoje (6) na Liderança do PRB atendendo o pedido do deputado Celso Russomanno (SP), líder do bloco PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB. A reunião teve a finalidade de esclarecer os rumos da reforma, sobretudo no que diz respeito a sistemas eleitorais.
Russomanno e Marcelo Castro |
Russomanno destacou que as novas regras influenciarão diretamente a vida de todos os brasileiros. “Precisamos estar preparados e certos de que vamos votar o melhor para o país. Conversando com o deputado Marcelo, ontem, no plenário, percebi que ainda não há consenso em pontos cruciais e, por isso, o convidei para esclarecer o assunto aos 38 deputados do nosso bloco”, explicou o líder.
Marcelo Castro defendeu abertamente a proposta de Sistema Distrital Misto. “Esse seria o melhor, segundo uma pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) com 170 cientistas políticos”. Segundo ele, 58% dos países adotam o sistema proporcional de voto em lista preordenada; 28%, sistema majoritário distrital e 16%, o sistema distrital misto. “Apesar de ser adotado em menos países, o sistema distrital misto é o que mais tem crescido”, disse.
Os assuntos que o relator considera de consenso são: o fim das coligações proporcionais, o fim da reeleição para os cargos do Poder Executivo, a coincidência das eleições e a suplência de senadores por meio de votação. “Estou fazendo o meu trabalho da maneira mais democrática possível. Visitei quase todos os estados do Brasil debatendo em todas as assembleias legislativas, câmaras de vereadores e com entidades representativas da sociedade civil organizada”, argumentou o relator que também descreveu os principais sistemas eleitorais existentes e a forma como eles foram surgindo ao longo da história.
O relator informou, ainda, que não incluirá no relatório a cláusula de barreira, proposta que busca impedir ou restringir o funcionamento parlamentar do partido que não alcançar determinado percentual de votos.
O relatório será votado pela comissão especial na próxima semana.
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