SACOLINHAS PLÁSTICAS

SACOLINHAS PLÁSTICAS

1 de agosto de 2014 Consumidor, Notícias 0

A FAVOR DO MEIO AMBIENTE E CONTRA AS PRÁTICAS ABUSIVAS

As sacolinhas plásticas foram retiradas dos supermercados e agora temos que pagar por sacolas reutilizáveis. Porque, ao invés disso, não são oferecidas alternativas que preservem o meio ambiente e também o bolso do consumidor?

A partir do levantamento feito pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor um estabelecimento de grande ou médio porte gasta cerca de 500 mil reais por ano com as sacolinhas e este valor já é embutido nas compras. Mas, depois delas serem retiradas, o preço dos produtos continuou o mesmo. Por este motivo, parabenizo os pequenos supermercados que ainda estão distribuindo sacolinhas para o consumidor.

Não sou contra o meio ambiente, muito pelo contrário, quando fiz o Código Latino Americano de Defesa do Consumidor, estipulei a obrigatoriedade do desenvolvimento sustentável na colocação de produtos no mercado de consumo, ou seja, embalagens que não agridam o meio ambiente, ou em último caso que o impacto seja o menor possível. Hoje, entregar a sacolinha plástica para o consumidor é uma forma de respeitar aquele que mantém a vida financeira do supermercado. Considerando que os supermercados que pretendiam preservar o meio ambiente com as sacolas biodegradáveis voltaram atrás, pois não existe matéria-prima suficiente no Brasil “amido de milho” para o fornecimento de tais sacolas. Assim, o consumidor ficou mais uma vez literalmente tendo que carregar os produtos “na mão”.

Ocorre que, a sacola plástica que era distribuída nos supermercados é reutilizável, pois também é utilizada para embalar o lixo das residências. Vamos fazer uma comparação entre o saco de lixo e a sacolinha plástica do supermercado. Se é esse o discurso dos supermercados, dizendo que retirar as sacolinhas é para proteger o meio ambiente, estamos trocando seis por meia dúzia e meia, pois o saco de lixo é muito mais grosso, sendo assim, quem de fato está defendendo o meio ambiente?

Agora que descobriram que não existe fornecedor suficiente para colocar nos supermercados as sacolas biodegradáveis, resolveram vender as sacolas de plástico retornáveis. Vender pode? Distribuir não? Que palhaçada é essa? Ah, eles pensam que nós consumidores temos “cara de palhaço”!!!

E aí eu pergunto, o preço dos alimentos baixou depois que retiraram as sacolinhas plásticas, ou esse valor foi doado para instituições de caridade, ou ainda para preservação do meio ambiente? CLARO QUE NÃO! O dinheiro ficou com os supermercadistas.

Agora vamos ter que comprar as sacolas reutilizáveis, que depois de algumas utilizações já estão contaminadas com uma quantidade imensa de bactérias advindas de produtos in natura, carne bovina, peixe, frango, queijos, etc. Isso além de contaminar o meio ambiente, prejudica nossa saúde. Além disso, vamos ter que pagar o saco de lixo que depois da retirada das sacolinhas aumentou 100% em seu valor. Isso quer dizer que estamos pagando três vezes a mesma conta. Por esse motivo, precisamos rever essa questão em defesa dos consumidores e do meio ambiente.

Para finalizar, parabenizo novamente os pequenos supermercados que estão aumentando seu faturamento em 15% pela manutenção das sacolinhas, em prejuízo dos grandes, pois respeitam o consumidor trabalhador que, ao sair do trabalho no final do dia, enfrentam ônibus superlotados e precisam passar pelo supermercado para comprar seus alimentos.  Imagine você tendo que levar todos os dias para o trabalho sacolas de feira, para poder comprar a noite o alimento do dia seguinte. É um desrespeito muito grande ao consumidor sob o pretexto falso e enganoso de proteger o meio ambiente. E neste momento incentivo que os consumidores, assim como eu, prestigiem esses pequenos mercados e supermercados que estão nos respeitando.

Celso Russomanno.

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